Olhar em Volta...

terça-feira, novembro 21, 2006

Moinhos de maré no Concelho do Seixal


Se recuarmos alguns anos atrás as fontes de energias eram ainda escassas e portanto limitava-se apenas à força muscular, ao vento e às correntes, sendo os moinhos de marés, uma alternativa muito fiável e vantajosa, devido à sua constância e previsibilidade. Eram construídos nos estuários dos rios, em terrenos baixos.
Remonta a história que a construção dos moinhos se deveu ao facto de em 1403, Nuno Álvares Pereira, proprietário de quase todos os terrenos banhados pelo rio, mandou construir o Moinho de Corroios, o primeiro moinho a ser construído no Seixal. Em 1404, todas as suas terras foram doadas aos carmelitas, que promoveram a construção de mais alguns moinhos : o Moinho da Raposa, do Galvão, do Capitão, e o da Passagem. Mais tarde ergueram-se os restantes moinhos existentes na zona do Seixal : os dos Paulistas, o do Breyner, o da Palmeira, o do Cabo da Linha e o do Zeimoto.
Com o terramoto de 1755, os moinhos sofreram grandes danos, sendo posteriormente restaurados.
A Câmara Municipal do Seixal promoveu a classificação dos moinhos de maré existentes no concelho, enquanto património cultural edificado, para evitar a sua destruição, salvaguardando-os.
Actualmente existem, portanto, dez moinhos de maré, sendo o Moinho de Corroios, que é propriedade municipal (tal como o Moinho novo dos Paulistas), o único a funcionar. Este moinho está integrado no Ecomuseu, como Núcleo do Património Industrial. Além das actividades ligadas à moagem, o moinho recebe exposições temporárias e outras acções ligadas ao estudo e divulgação do Ecomuseu.